Em escola do RS, alunos aprendem robótica desde os 6 anos

A robótica saiu das fábricas, das universidades e dos centros de pesquisa para dividir espaço com a matemática e a física nas salas de aula. Além de estimular o gosto pela tecnologia e pela inovação, o uso da robótica ajuda alunos do ensino fundamental e médio a desenvolverem a cidadania e a capacidade de trabalhar em equipe.
No colégio Província de São Pedro, em Porto Alegre, que no ano passado venceu um dos mais importantes campeonatos de robótica do mundo, o First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), nos Estados Unidos, os alunos do ensino médio podem escolher em que área querem se especializar: programação, elétrica, mecânica e até animação digital. Mas o contato com a robótica começa ainda mais cedo, no ensino fundamental, onde os pequenos participam de atividades para desenvolver a motricidade e trabalhar com ferramentas, construindo máquinas e carros desde a primeira série, onde a maioria dos alunos estão com seis anos de idade.
“Nos anos seguintes eles começam a construir um brinquedo que se movimenta, minirrobôs, aprendem noções de eletricidade desmontando uma lanterna, aprendendo como a energia se propaga, e começam a programar já na quinta série”, afirma o engenheiro Vitor Barbieri, coordenador do projeto de robótica da escola. Segundo ele, as atividades de robótica, que não são obrigatórias e acontecem no turno inverso às aulas, movimentam 12% dos alunos da escola, com 50 deles participando ativamente do grupo que compete nos Estados Unidos. “A robótica é um agente incentivador do conhecimento, aguça a curiosidade”, avalia.
Para o estudante do 2º ano do ensino médio Ettore Arpini, 16 anos, que participa do projeto desde o ensino fundamental, o objetivo é muito maior do que aprender noções de tecnologia e robótica. “A gente aprende a trabalhar em equipe. Fica o ano inteiro trabalhando em um projeto, depois temos seis semanas pra montar o robô e participar da competição. Tu moves toda tua vida por aquilo, para ir lá e competir, e acaba aprendendo a trabalhar em equipe e todas as dificuldades que isso traz, e também com as dificuldades de perder a competição”, afirma.
Para Barbieri, o sucesso do projeto pode ser medido pelo número de ex-alunos que retornam à escola já na faculdade para disseminar o seu conhecimento aos mais novos. “Há uma interação entre os alunos, os que têm um conhecimento maior repassam o conhecimento. O importante é que todos se envolvam. Quem vai ganhar não é o melhor, mas sim a melhor equipe, a que vai solucionar os problemas propostos”, diz. Para ele, ter contato com esse tipo de atividade ajuda os alunos a decidirem com mais ferramentas a carreira que querem seguir. “O problema do adolescente hoje é a necessidade de decisão da carreira muito cedo, sem ter muito contato com essas áreas. 
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